quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

A injusta Série A

Passada a euforia pela permanência na elite, é hora de começar a analisar o futuro. E, ao que me parece, as coisas não são tão animadoras assim. Porque ao saber, por meio de matéria do jornal Extra, do Rio de Janeiro, que muito possivelmente o Náutico não terá um aumento na sua cota de televisionamento para o próximo ano - ficará com os mesmos R$ 3 milhões - temo, desde já, pelo pior. Começo a perceber, agora com a poeira baixa, o quanto foi milagrosa a permanência do Timbu na Série A. A luta é extremamente injusta, tudo por conta de uma casta instituída por uma entidade chamada Clube dos 13. Basta ver que, dos quatro rebaixados este ano, três não pertencem a ele. Ou seja, Paraná, Juventude e América/RN receberam muito menos verba do que outras equipes, inclusive, times que nem na Primeira Divisão estão, como o Bahia, que estava na Terceira Divisão! Isso é um verdadeiro absurdo. Outra "coincidência". Dos quatro times que subiram esse ano da segunda para a primeira divisão, três pertencem ao Clube dos 13 - Vitória, Coritiba e Portuguesa. Todos contam com uma verba da entidade.
Está mais do que claro, hoje em dia, que o sucesso no futebol está estritamente ligado a dinheiro. Certa vez o presidente Ricardo Valois disse uma coisa muito séria e que agora entendo perfeitamente: "falam muito em planejamento no futebol. Mas a verdade é que não existe planejamento sem dinheiro". É a dura realidade do futebol moderno.
O Náutico, certamente, quebrou um paradigma ao permanecer na Série A este ano. Com uma verba ínfima, superou equipes com uma cota sete vezes maior que a sua. O meu medo é ver que, no próximo ano, mais uma vez vai haver muito sofrimento, se realmente confirmada a previsão de que a cota não aumentará. Vamos esperar para ver.

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