quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Salários

Ontem, ao fim do treino da tarde, era grande a movimentação de dirigentes no lado de fora do gramado dos Aflitos. Fácil deduzir que o motivo deles estarem ali certamente são os dois meses de salários atrasado do grupo, já que a folha atual venceu na segunda-feira, dia 10. Ricardo Valois, Maurício Cardoso, Paulo Guilherme Pontes e Américo Pereira. Não vi André Campos, que pode ter chegado depois. O esforço para quitar as dívidas com os jogadores é claro. Difícil é achar dinheiro para isso. Ainda mais quando as rendas não estão ajudando - jogo passado deu 10 mil pessoas nos Aflitos, segundo o borderô oficial. Admito, porém, que futebol hoje em dia não se faz baseado em renda de estádio, que deve ser apenas um complemento. Cabe aos dirigentes buscar outras fontes, como patrocínios. Ainda mais o Náutico, que está na faixa de times que recebe a menor cota de televisão da Série A.
Sinto dizer, então, que, na realidade, o time vive na base do assistencialismo, dependendo da ajuda de apaixonados alvirrubros, como o já citado Américo Pereira. Esse ano, pelo menos, ele estampa a marca da sua empresa (Rapidão Cometa) na camisa, o que não deixa de ser um investimento. Mas futebol hoje exige cada vez mais profissionalismo e práticas como essas, acredito, estão com os dias contados. O marketing, por exemplo, é uma saída. No entanto, como já foi citado no post passado, o Náutico não consegue nem lançar a camisa 25 de Acosta! Precisamos abrir os olhos para a realidade ou então todo ano vai ser o mesmo sofrimento. E assim, meu amigo, não há coração que agüente.

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