quarta-feira, 10 de outubro de 2007

A fórmula do Campeonato

Caros leitores do Blog do Timba. Faço um aparte aqui para comentar sobre um assunto que não é restrito ao Náutico, o arbitral do Campeonato Pernambucano 2008, que acontece hoje à noite na sede da FPF. Não poderia deixar de expressar a minha insatisfação com essa situação que como disse querem empurrar goela abaixo do torcedor pernambucano. Precisamos protestar e aí vai a minha opinião sobre isso tudo. Desculpem pelo texto longo, mas é muito absurdo junto, que não dá para resumir.

Como sempre, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), o senhor Carlos Alberto Oliveira, causa polêmica com as suas decisões autoritárias e absurdas. Ele mesmo, que decretou feriado na FPF no último dia de trasnferências internacionais, para que não fosse depositada a quantia referente à multa rescisória do zagueiro Durval, do Sport, que era pretendido pelo Belenenses, de Portugual. Decisões como essa que, por sinal, norteiam o Palácio Rubem Moreira, sede da entidade, há 12 anos, quando o atual presidente assumiu o cargo, sucedendo, quem diria, o seu irmão, Fred Oliveira, que já havia permanecido por uma década. É como uma dinastia, que tem sua continuidade garantida até 2010.
A mais nova de Carlos Alberto Oliveira é a “sugestão” de uma nova fórmula de disputa para o Campeonato Pernambucano do próximo ano. Isso a três meses do início da competição. Acredite se puder, mas, numa espécie de virada de mesa às avessas, ele quer adicionar dois clubes à disputa, que viriam da segunda divisão do Estadual, mesmo com o regulamento deste torneio sendo bastante claro: só o campeão e o vice têm direito à vaga na elite do ano seguinte.
A verdadeira intenção do presidente em fazer isso fica bastante clara quando vamos ver quais os dois clubes que seriam beneficiados com o acesso, ou seja, o terceiro e o quarto colocados da chamada Série A-2 do Pernambucano. Um deles é o Centro Limoeirense, time do qual Carlos Alberto Oliveira é padrinho, já que Limoeiro, cidade-sede do clube, é o seu curral político.
A nova fórmula é tão absurda que eu imagino que apenas um gênio seria capaz de tê-la criado. Horas vejam só: uma primeira fase separada em três grupos de quatro times, encabeçados pelos grandes da capital. Todo mundo passa para a fase seguinte, quando serão formadas outras três chaves, conforme o desempenho. Disputadas as partidas, classificam-se para a última etapa os seis times que mais somaram pontos durante as fases iniciais. Por fim, os seis clubes jogam entre si e agora vem o mais empolgante: o campeão sai direto, sem a necessidade de final, se ficar a dois pontos de distância do segundo colocado. Porém, caso essa diferença seja de um ponto ou menos, aí sim ocorrem dois jogos finais, com vantagem para o líder. Bestial, não!

Hoje à tarde ocorre o Conselho Arbitral, na qual a fórmula será apresentada aos clubes participantes, que decidirão se acatam ou não. Conduzindo a reunião estará ele, Carlos Alberto Oliveira. Nem sei para quê, afinal, o resultado todo mundo já sabe (notaram as aspas no termo “sugestão” no segundo parágrafo?). Será feita a vontade dele. E ai de quem votar contra. Ele, como de costume, bate brabo na mesa e resmunga algo incompreensível. Apenas um incentivozinho.

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