quarta-feira, 3 de outubro de 2007

O que eles dizem de nós

Interessante matéria da Folha de S. Paulo, talvez o jornal mais respeitado do País, hoje, no caderno de esportes. Na matéria de apresentação da partida entre Palmeiras e Náutico, em vez de focar no time da casa, o que é de praxe, eles fizeram o contrário. Enalteceram a reação do Timbu e mostraram, através de declarações dos palmeirenses, o respeito com que eles estão encarando o Náutico. Confiram o texto dos repóteres Toni Assis e Renan Cacioli:

da Folha de S. Paulo

Era para ser fácil. Três pontos, teoricamente, garantidos no Parque Antarctica. Isso se o Náutico, ex-candidato ao rebaixamento, ex-saco de pancadas deste Brasileiro, não tivesse deixado esses e outros adjetivos negativos para trás e, em nove jogos, se transformado no fenômeno do segundo turno.O adversário que o Palmeiras enfrenta às 19h30 em sua casa parece outra equipe, algo como a 21ª integrante do Nacional. De lanterna, o time chegou ao 13º lugar, com 36 pontos.
"O Náutico vive um momento espetacular. Está marcando muitos gols, tomando poucos. Ganhou personalidade com essa arrancada ao sair da zona do rebaixamento", declarou o técnico palmeirense, Caio Júnior.
Personalidade, aliás, parece ser o segredo de um grupo que permaneceu 20, das 28 rodadas disputadas até aqui no Nacional, entre os quatro últimos colocados -sendo quatro delas como o pior do campeonato- e não se abateu com isso.
O Náutico encerrou a primeira metade do torneio (19 jogos) na 17ª colocação, com 20 pontos. Precisou de apenas nove confrontos do returno para somar 16 pontos, o que explica a recuperação meteórica.E ajuda a entender como um dos favoritos ao descenso já possui a sexta melhor campanha do segundo turno, à frente, inclusive, do Palmeiras.
A equipe dirigida pelo técnico Roberto Fernandes vem de cinco vitórias seguidas. A última, uma goleada por 5 a 0 sobre o Atlético-PR, em Recife. A artilharia pesada explica por que o uruguaio Acosta, com 15 gols, já persegue o goleador do Brasileiro, Josiel, do Paraná (17).
Segundo o Datafolha, o Náutico melhorou em seis aspectos. Em média, o time finaliza, dribla e lança mais do que no primeiro turno. Também perde menos bolas, aumentou sua média de gols marcados e diminuiu a de tentos sofridos.O time é, ao lado do Botafogo, quem mais finaliza na competição (15,1 chutes por partida). Tem a segunda melhor pontaria (40,4% de acertos), atrás apenas do vice-líder Cruzeiro (41,3%), e também o segundo ataque mais eficiente da competição, com 48 gols -os mineiros lideram, com 64.
Por isso que o duelo, anteriormente tratado como tranqüilo pelos palmeirenses, já desperta uma atenção a mais no CT do time verde. "Havíamos vencido o Corinthians [1 a 0], onde qualquer resultado seria normal, mas perdemos esse crédito com o empate diante do América [0 a 0]. Agora temos de vencer em casa", disse Caio Jr.
No primeiro turno, o Palmeiras fez 1 a 0 em um então frágil Náutico, que, em nove rodadas, havia somado seis pontos. Realidade que o "novo" time de Pernambuco pretende enterrar de vez hoje à noite.

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